maio 21, 2010

Introdução ao tratamento visceral


Faltando sugestões, terei de continuar a escrever sobre o que acho que vos poderá interessar. Correndo o risco de escrever sobre temas que a ninguém interessam. Contudo, a informação é sempre útil, digo eu, alguém completamente viciado em informação só pelo prazer que esta me dá. Desde já partilho a minha dificuldade em tornar este post acessível a todos e ao mesmo tempo interessante para todos, se me entendem.
Vira-se uma nova página na minha formação e começo agora a mergulhar no tratamento visceral. Para os mais cépticos uma pequena explicação, os nossos órgãos vivem, como os nossos músculos, ligamentos, ossos, fáscias, de sangue que lhes chega (vascularização), através do qual recebem alimentação e informação hormonal, recebem ordens do sistema nervoso (inervação) e possuem ainda uma extensa rede de vasos linfáticos que entre outras funções facilitam a chegada das nossas defensas (glóbulos brancos) onde estas são necessárias. Todo um metabolismo que permite que cada órgão realize a função para a qual foi concebido e se relacione com os demais. Facilmente se perceberá que uma obstrução na chegada de inervação ou vascularização, mais ou menos próxima, vai interferir com o funcionamento desse órgão. Ora vejamos um exemplo muito simples, o nosso sistema nervoso autónomo divide-se em sistema simpático, aquele que nos prepara para a acção, para a “luta” e um sistema parasimpático, reparador, que privilegia o acção visceral e nos permite relaxar. A inervação parasimpática do nosso estômago é da responsabilidade do X par craniano, o nervo vago. Para quem não percebe nada destas coisas o nervo Vago tem origem no crânio. Desde que sai até que chega ao estômago percorre um longo trajecto. Se houver pelo caminho um “acidente” esta informação não chegará ou chegará incompleta. E em que consiste este trabalho visceral? Consiste em avaliar e perceber o que se está a passar com cada visceral. Tão simples como complexo e eficaz.
É verdade, essa dor nos seus trapézios superiores (músculos que ligam o pescoço aos ombros) poderá estar relacionada com a sua dor de estômago e com as digestões difíceis. Sim, há algo mais que poderá fazer para diminuir as tensões que sente no seu abdómen.
E o mundo que era limitado torna-se cada vez mais amplo, e tudo se relaciona com tudo desde que o conhecimento e a razão estejam aliados a um busca entusiástica das relações e em última instância da melhoria da qualidade de vida dos que por nós passam.
Enquanto não houver sugestões da vossa parte, escreverei um pouco mais sobre este tema tão apaixonante.

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